Você sabe o que é Open Banking? Esse novo modelo promove trazer algumas mudanças para o sistema financeiro brasileiro e mundial, aumentando a transparência no relacionamento entre clientes e instituições.
No Brasil, a implementação do Open Banking conta com 4 fases principais, regulamentadas pelo Banco Central, a fim de garantir a segurança e a organização do processo.
Neste post, vamos explicar o que é e como surgiu o Open Banking, como esse modelo funciona, qual a sua importância e o seu impacto para o mercado financeiro. Também vamos mostrar quais são as fases do Open Banking e como a sua empresa pode se preparar para as mudanças. Vem ler!
Como surgiu e o que é Open Banking?
O Open Banking começou a ser utilizado em 2014, no Reino Unido, e hoje já está sendo implementado em diversos países, como Estados Unidos, Japão e Austrália.
O conceito de Open Banking diz respeito a um sistema financeiro aberto, com o objetivo de democratizar os serviços e produtos financeiros para as pessoas. Um exemplo de serviço que se inclui nesse modelo é o Pix.
A ideia do Open Banking é que os usuários sejam donos dos seus dados financeiros, sem depender das instituições bancárias. Assim, o objetivo é que as pessoas possam, por exemplo, migrar de banco sem ter que começar do zero, uma vez que o histórico de transações e empréstimos se mantém, mesmo com a mudança de instituição.
Isso evita que o usuário perca informações financeiras importantes e possibilita a personalização de produtos e serviços para os clientes.
Além disso, outros objetivos do Open Banking envolvem criar relações mais transparentes com os clientes, aumentar a competitividade entre as instituições e modernizar o sistema financeiro.
Como funciona o Open Banking?
O Open Banking vem para mudar a realidade do sistema financeiro atual, em que os usuários ficam mais presos aos bancos, que dominam o histórico da conta e do crédito desses clientes.
Com o Open Banking, as pessoas poderão usufruir dos serviços e produtos de outras instituições financeiras, mesmo que não tenham uma conta atrelada a elas.
Assim, o cliente vai ter mais autonomia para compartilhar seus dados e terá uma oferta mais ampla de produtos e serviços financeiros para escolher de acordo com as suas necessidades e preferências.
De acordo com o novo sistema, o indivíduo precisa autorizar o uso e o compartilhamento de dados pelas instituições financeiras, o que aumenta a transparência na relação entre empresas e clientes, além de ampliar a privacidade das informações das pessoas.
Para que as empresas compartilhem dados de forma rápida com outras instituições, a partir da autorização dos usuários, é necessário que elas estejam integradas de alguma forma.
Esse compartilhamento é possível por meio de APIs (um tipo de tecnologia que permite uma troca eficiente de informações entre softwares e ferramentas) que integram os sistemas de diferentes instituições.
Agora que você já entendeu o que é o Open Banking e como ele funciona, vamos ver qual impacto esse novo modelo pode trazer para o mercado financeiro. Confira no próximo tópico!
Qual a importância do Open Banking e como ele pode mudar o mercado financeiro?
Separamos 3 benefícios do Open Banking para empresas e clientes que mostram a importância e o impacto desse modelo. Vem ver!
1. Integrar iniciativas
O Open Banking permite integrar serviços e produtos financeiros, o que oferece mais oportunidades para as empresas se inserirem nesse mercado, trazendo novas soluções para os clientes.
Esses serviços e produtos envolvem desde linhas de crédito até opções de pagamentos, como o próprio Pix.
Com essas integrações, além da competitividade entre as instituições aumentar, os clientes não vão precisar abrir uma conta em cada banco, mesmo que utilizem os produtos ou serviços dessas empresas. Ou seja, o processo tem o objetivo de diminuir a burocracia do sistema financeiro e aumentar a agilidade e a segurança das operações.
Além disso, o Open Banking permite que as empresas terceirizem algumas operações, sem precisar concentrar todos os processos de desenvolvimento nas soluções in-house, o que pode reduzir custos.
Com o Open Banking, as informações bancárias poderão ser integradas com softwares de gestão, agilizando as operações financeiras das empresas e organizando com mais eficiência os dados dos clientes.
Isso ajuda, inclusive, na gestão financeira dos negócios, evitando o desperdício de recursos e erros de informações, o que impacta positivamente a produtividade da organização.
2. Melhorar a experiência do usuário
Como o Open Banking traz maior poder para o utilizador, também gera mais competitividade entre as empresas, que precisam criar soluções cada vez mais personalizadas e que atendam às necessidades dos usuários.
Isso faz com que as instituições se preocupem em oferecer melhores experiências aos clientes, procurando inovar em suas soluções.
Além disso, as empresas deverão buscar conhecer os vários públicos, entender suas necessidades, preferências e hábitos.
Com isso, não só a experiência do usuário é otimizada nesse processo, como as empresas têm mais oportunidades de conquistar o mercado, fidelizar clientes e aumentar sua rentabilidade.
Outro ponto positivo do Open Banking para a experiência do usuário é que não é necessário acessar uma conta para realizar transações, facilitando a cobrança por parte das empresas e o pagamento por parte dos clientes. Afinal, essas operações podem ser feitas de maneira automática, utilizando, por exemplo, softwares de gestão.
Assim, uma determinada empresa que conta com integração em seu sistema, pode programar pagamentos recorrentes e realizá-los sem acessar o aplicativo do banco, por exemplo, fazendo tudo diretamente pela ferramenta de gestão. Esse tipo de sistema é capaz de centralizar todos os dados em um único lugar, facilitando o acesso a essas informações.
3. Aumentar a eficiência dos processos
O Open Banking permite que as empresas melhorem a eficiência dos processos de validação de informações, o que impacta diretamente a proteção dos dados dos clientes e a geração de receita para essas instituições.
Além disso, o Open Banking permite otimizar ferramentas de análise de crédito e de gestão financeira para empresas e clientes.
Ele faz uma ampla utilização da tecnologia, o que contribui para a melhoria de processos, o refinamento dos mecanismos de segurança (tão importante quando falamos em mercado financeiro) e a automatização de operações.
Isso ajuda ainda no tratamento e na análise de dados pelas instituições, que podem aproveitar o novo modelo para criar marketplaces de serviços ou produtos e oferecer as melhores soluções para os clientes, além de fidelizá-los.
Vimos como o Open Banking pode transformar a realidade do mercado financeiro que conhecemos hoje, mas como as empresas podem se adaptar a essa novidade, ganhar competitividade, fidelizar clientes e manter suas operações funcionando com eficiência? Vamos abordar esse assunto no próximo tópico. Confira!
Como se adaptar ao Open Banking?
A fase de implementação do Open Banking no Brasil já começou, mas algumas empresas ainda têm dúvidas sobre como esse processo vai funcionar.
Mesmo as instituições mais tradicionais, se não ficarem atentas às mudanças trazidas pelo Open Banking, podem perder espaço no mercado. Mas não se preocupe, porque ainda dá tempo da sua empresa se adaptar ao novo cenário.
Para você se preparar, vamos mostrar quais são as fases do Open Banking e o que é previsto para cada uma delas.
Fases do Open Banking
O Banco Central é o principal responsável pela implementação, pela regulamentação e pela autorização do Open Banking no país. De acordo com o cronograma da instituição, o novo modelo possui 4 fases de implementação, e as 3 primeiras já foram concluídas no Brasil. A quarta e última teve início em dezembro de 2021 e continua em 2022.
- Primeira fase: começou em fevereiro de 2021 e corresponde ao momento em que as empresas tiveram que compartilhar informações sobre seus canais, serviços, produtos e os valores de suas taxas. Essa etapa já foi concluída no Brasil;
- segunda fase: teve início em 13 de agosto de 2021 e já foi concluída no mesmo ano. Nesse momento, os usuários puderam compartilhar suas informações com as instituições financeiras, desde dados sobre crédito até informações pessoais e de cartões;
- terceira fase: começou em 29 de outubro de 2021 e também já foi concluída no mesmo ano. Nessa etapa, os usuários tiveram acesso a diversos produtos e serviços de pagamento e crédito;
- quarta fase: a última fase do Open Banking começou em dezembro de 2021 e deve ser concluída ainda no primeiro semestre de 2022. Nesse momento, os clientes poderão compartilhar mais informações financeiras, desde investimentos até previdência, além de terem acesso a uma cartela mais ampla de produtos e serviços (câmbio, seguros, previdência, entre outros).
Na implementação do Open Banking, o Banco Central busca garantir a maior segurança dos dados e transparência do processo. Esse é um modelo que deve democratizar os serviços financeiros no Brasil, trazendo vantagens tanto para os clientes como para as empresas.
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