Você sabe o que é Open Finance? Esse novo modelo é uma variação do Open Banking e está dando o que falar. O sistema promete mexer com o mercado financeiro, trazendo mais autonomia para os usuários e mais transparência na relação entre instituições financeiras e clientes.

Além disso, por ser um sistema aberto, o Open Finance deve aumentar a competitividade entre as empresas, que terão que personalizar cada vez mais os seus serviços e produtos para melhorar a experiência e a satisfação dos clientes. São muitos os benefícios e os impactos que o novo modelo vai trazer para o Brasil e para o mundo, já que está sendo implementado também em outros países.

Se você ainda não conhece esse conceito, não se preocupe! No post de hoje, vamos explicar o que é Open Finance, como esse modelo funciona, quais seus impactos para o mercado financeiro e como vai funcionar a sua implementação no Brasil. Quer saber mais sobre o assunto? Então, vem ler!

O que é Open Finance?

O Open Finance é um sistema financeiro regulamentado, autorizado e implementado no Brasil pelo Banco Central, mas que está sendo adotado também em diversas outras partes do mundo, como Canadá, Japão, Estados Unidos e Colômbia.

Esse sistema foi utilizado pela primeira vez no Reino Unido e promete trazer mudanças e benefícios para empresas e usuários das instituições financeiras.

A proposta principal do Open Finance é, como o nome sugere, criar um sistema financeiro aberto e aumentar a autonomia dos usuários, que passam a ser os donos de suas informações.

A ideia é que os clientes consigam compartilhar seus dados com as instituições financeiras da maneira que preferirem, sem depender dessas empresas. Essas informações incluem tanto os dados de cadastro, de cartão, como de transações, investimentos, seguros, entre outros.

Um dos objetivos desse modelo é trazer transparência para o relacionamento entre instituições e clientes, além de garantir a segurança e a agilidade das operações financeiras.

O Open Finance é uma espécie de expansão do Open Banking, que funciona da mesma maneira, mas ficava restrito a bancos e fintechs. Nesse novo modelo, mais instituições e empresas poderão participar, como corretoras e fundos de previdência.

E como esse sistema funciona na prática? É o que vamos ver a seguir!

Como o Open Finance funciona?

Com o Open Banking, os usuários poderão migrar sem burocracia de uma instituição para outra sem precisar tem conta em cada uma delas.

Assim, ele poderá, por exemplo, ter conta em um lugar e utilizar um determinado serviço financeiro de outro. Ou seja, o cliente pode avaliar as condições oferecidas por cada instituição e escolher as que mais fazem sentido para as suas necessidades.

Isso aumenta a competitividade entre instituições, que terão que desenvolver soluções cada vez mais personalizadas para os seus clientes. Com isso, os usuários terão experiências cada vez melhores e que atendam àquilo que precisam.

Com as informações compartilhadas, as instituições podem traçar perfis mais precisos dos seus clientes e fornecer soluções que realmente resolvam os problemas que eles têm, sem tentar empurrar serviços e produtos que não fazem sentido para esses usuários.

Mas todo o compartilhamento de informações dos clientes precisa da autorização deles. Além disso, uma vez que o cliente deseja não manter o relacionamento com determinada instituição, ela não poderá mais utilizar os dados desse usuário.

O Open Finance vai trazer algumas mudanças para o mercado financeiro como conhecemos hoje. Vem ver quais são elas!

Quais são os impactos do Open Finance no mercado financeiro?

Listamos 4 impactos que essa medida pode trazer com a sua implementação. Confira!

Portabilidade de relacionamento entre instituições

Com o Open Finance, as instituições podem compartilhar dados por meio de APIs, que conectam os sistemas das empresas de forma simples e rápida, permitindo a transição segura de informações entre eles.

Toda a comunicação entre as instituições é padronizada e conta com a supervisão e o controle do Banco Central para oferecer uma experiência mais fluida aos clientes.

A portabilidade de relacionamento entre instituições facilita que o usuário migre de uma empresa para outra e escolha os serviços que façam mais sentido para a realidade dele. Esse aspecto é importante para criar um sistema cada vez mais focado no usuário, o que reduz os custos das empresas, que podem investir em iniciativas com maiores chances de retorno.

Além disso, esse compartilhamento de dados permite que as instituições avaliem o perfil dos clientes e ofereçam condições especiais para eles, em uma relação de ganha-ganha.

Autonomia para os usuários

Um dos grandes pontos de mudança que o Open Finance traz é a autonomia para os usuários, que passam a ser donos de seus dados. Eles podem escolher como, onde e quando compartilhar suas informações e com quais instituições.

Além disso, como os sistemas das instituições vão estar integrados, o cliente não precisa começar do zero com uma nova empresa. Ele pode compartilhar o seu histórico em uma instituição com a nova empresa escolhida.

Com isso, o usuário consegue avaliar todas as soluções disponíveis de maneira transparente, e escolher as melhores condições para o seu bolso.

O controle sobre as finanças e a segurança de proteção de dados são outros benefícios que o cliente vai ter dentro desse modelo.

Rapidez nas transações

Como as integrações no Open Finance contam com uma tecnologia de ponta como aliada, as operações realizadas dentro desse modelo serão mais rápidas e menos burocráticas, trazendo praticidade e conforto para os usuários.

Isso impacta positivamente a experiência dos clientes em relação a esse sistema e pode, inclusive, impactar a percepção que eles têm sobre as instituições. A agilidade pode, também, ser um ponto decisivo para os usuários escolherem serviços ou produtos de uma determinada empresa, por exemplo.

O pix é uma forma de pagamento que faz parte do Open Finance e a rapidez da transação é uma das suas vantagens. Uma operação por pix pode ser concluída em até 10 segundos, o que impacta positivamente na percepção de quem utiliza esse meio de pagamento.

Aumento de negócios

Com o compartilhamento de dados e o aumento da competitividade entre as instituições, a tendência é que elas criem mais soluções e serviços melhores para os clientes. Isso estimula o fechamento de novos negócios, além de ser um impulsionador de criatividade para essas empresas.

Além disso, as instituições podem diversificar ainda mais suas soluções, focando em diferentes perfis de clientes e expandindo suas cartelas de produtos.

Agora que você já sabe quais serão os principais impactos do Open Finance, vamos ver como vai funcionar o processo de implementação desse novo sistema no país? Confira no próximo tópico!

Como vai funcionar o Open Finance no Brasil e quais os seus benefícios?

Uma das grandes vantagens do modelo de Open Finance é a segurança que ele traz para instituições e clientes. Todas as diretrizes desse sistema estão sob a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que garante a transparência, a privacidade e a segurança dos participantes do Open Finance.

Outra vantagem desse modelo é a praticidade que oferece aos usuários, que não precisam utilizar diversos aplicativos das instituições financeiras para acessar os serviços e produtos que desejam. Tudo fica centralizado em um único ambiente para facilitar o uso.

E como esse sistema será implementado no Brasil? É o que vamos te contar a seguir, confira!

Como será a implementação do Open Finance no Brasil?

No Brasil, a implementação do Open Finance será dividida em 4 fases principais, definidas pelo Banco Central. Listamos como cada uma funciona para você ficar por dentro do processo:

  • primeira fase (concluída): nessa etapa, que começou em fevereiro de 2021, as instituições compartilharam informações básicas sobre seus serviços, produtos e canais de atendimento ao cliente;
  • segunda fase (concluída): nessa etapa, que começou em agosto de 2021, os clientes compartilharam seus dados financeiros com as instituições, como informações cadastrais, de empréstimos, de contas bancárias, de cartões de crédito, entre outras;
  • terceira fase (início em 29/10/21): nesse momento, as instituições já disponibilizaram alguns serviços de pagamento e produtos para os clientes. Essa etapa também permite que os clientes solicitem propostas de crédito às instituições, para comparar condições e escolher a que preferirem;
  • quarta fase (início em 15/12/21): nessa fase, mais dados podem ser compartilhados, como informações sobre investimentos, previdência, câmbio e seguros.

Quando o processo for finalizado, para se cadastrar no Open Finance os clientes podem entrar em contato com as instituições financeiras para demonstrar seu interesse em participar desse novo sistema, mediante o aceite do compartilhamento de seus dados.

As próprias instituições também podem entrar em contato com os usuários e pedir o aceite do compartilhamento de dados para que os clientes possam usufruir dos produtos e serviços. Esse aceite deve ser feito no site ou no app da instituição para ser efetivado.

E aí, a sua empresa está preparada para o Open Finance?